terça-feira, 30 de outubro de 2007

De perder a cabeça

No Domingo de tarde decidi ir até à praia da Ilha de Luanda com o Eduardo. Chegámos ao Café del Mar cerca das 15:00. A praia estava cheia de pessoal com as suas latas de cerveja, musica e a boa disposição propícia de um fim-de-semana angolano. Havia também alguns europeus junto das espreguiçadeiras. Estendemos as nossas toalhas e ficamos a admirar a natureza africana no seu melhor. A folia deste povo é algo de fazer inveja, não se preocupando com nada nem com ninguém, ouvindo o som da musica e bebendo uns canecos de Cuca. Fomos dar um mergulho à vez para não deixar as mochilas desamparadas e voltamos para junto das toalhas a descansar um pouco. Colocamos as mochilas no nosso meio mas quando nos viramos a mochila do Eduardo já não estava no sítio. Nem nos apercebemos que tínhamos sido roubados. Mal se apercebeu do sucedido correu em direcção ao carro para ver se ele ainda lá se encontrava. Voltou com resposta afirmativa informando do conteúdo da mochila: “Tenho lá a chave do carro, a máquina fotográfica, o telemóvel, o relógio, o passaporte, a carta de condução, o cartão do consulado, uns cabos do PDA e algum dinheiro.” O pior eram os documentos… Sem saber muito bem o que fazer naquele preciso momento deslocamo-nos para junto do segurança do café para pedir explicações. Ele rapidamente respondeu que como não estávamos debaixo do toldo já estávamos fora da sua jurisdição e nada poderia fazer. Ainda perguntamos se conhecia o sitio onde se vendidas as coisas recentemente adquiridas por furto mas não obtivemos qualquer resposta positiva. Fomos falar com a policia que se encontrava nas imediações que nos disse para tentar negociar as coisas com o ladrão. Um dos agentes ainda me arrancou o telefone das mãos e começou a fazer a chamada…Chamava, chamava…mas ninguém respondia do outro lado. Falamos ainda com os miúdos de rua para tentar obter informações sem resultados práticos. Depois de ir jantar à pizzaria Padrinho o Eduardo deslocou-se à policia para apresentar a queixa. Ainda nessa noite tentamos telefonar para o tipo que desligava quando era um pula a falar mas conversava com um angolano. O Júlio ligou e tentou negociar os documentos. Na manhã de Segunda-feira falamos em alta voz com o ladrão através do júlio….Foi de perder a cabeça, tal era a vontade de entrar pelo telefone dentro e dar uma valente sova no indivíduo do outro lado da linha. Malandros! Mais tarde o Júlio deslocou-se ao local previamente combinado para reaver o passaporte, a carta de condução e a chave do carro. Para tal teve de deixar uma quantia em dinheiro ao amigo do ladrão! Felizmente os documentos foram recuperados mas ficamos com uns ímpetos violentos e desconfiados.

3 comentários:

Unknown disse...

Altamente, estes dois jovens deviam estar con uma cuca do tamanho de um elefante que nao viran un jovem negro (se fosse noite... ainda podia escapar) a tirar uma mochila (se fosse a carteira... ou os chinelos) de entre o seu meio (parece que tem de começar a andar agaradinhos...)! Deviam ter vergonha de publicar tal acontecimento, hehe! Muitos parabéns pela historia, tá super bem tirada! Da proxima vez que forem à praia lembrem-se, nunca fiquem os dois na toalha... Um forte abraço para o colega mitchado

supreme_chaos disse...

axo k n voltam a levar coisas convosco para a praia...fica tudo no carro...! ;)
ainda bem k recuperaram os documentos mm k tenham tido de pagar por algo k já vos "tinha pertencido"...

Cléo disse...

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Isto é Angola...