quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O Sentimento do Regresso

Já me encontro em Portugal há uma semana. Acreditem que agora, depois da experiencia em África, sinto-me mais vivo, mais real, com maior vontade de opinar sobre as coisas… Valorizo determinados nadas que pareciam adquiridos à partida. Isto porque as coisas ganham uma relatividade que até aqui não tinham. Já dizia o coiso “Viver não custa, o que custa é saber viver!”.

Para quem a miséria passa ao lado despercebida, para quem não se importa pelo facto de pessoas viverem sem nada e nas condições de insalubridade total, para quem olha para os pés descalços de uma criança e não tem receio que ela se magoe … a essas pessoas nada custa...não sentem…não opinam...não vivem… o difícil - é encarar uma realidade diferente e perceber, compreender e saber que algumas pessoas valorizam mais determinadas coisas ou acontecimentos em detrimento de outros. O Povo Africano vive e procura a felicidade de uma forma diferente. Atingem a Felicidade com maior facilidade que um Europeu... Vivem nas calmas! Um dia de cada vez!” Mas deixando a parte da análise da razão para que isto assim seja, creio que o que dá sentido e razão de viver é sim o SENTIMENTO. Quem não sente não vive, não tem nada a perder… pois nunca possuiu nada…

É gratificante regressar e ver que as pessoas me abordam preocupadas comigo e com o meu bem-estar enquanto lá permaneci, e ainda mais bonito é ver a reacção que causamos quando informamos que estamos bem e tudo correu sem sobressaltos… É disto que é feita a vida…de interacções com as pessoas, com o mundo…e cá estou eu a interagir convosco, para que sintam...e fico feliz por ver que o mesmo é lido, comentado e que causa um impacto na pessoa que lê e sabe que eu estou bem. "Tamos juntos, ya?"