sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A distracção da mala

Chéeeee!!!
Já não escrevo no blog desde Maio.
A minha vida mudou e tenho escrito apenas poemas. Talvez um dia destes decida partilhar a escrita alegre que percorre o meu coração, para além da pessoa que os tem recebido!… Deixo apenas algumas fotos dos momentos que passei em Portugal! Que belas férias! O vá para fora cá dentro! funciona mesmo, quando devidamente acompanhado nos fabulosos locais portugueses…
Mas decidi voltar a escrever no blog para partilhar o último momento da Mitchês! Estava de volto do Lobito de avião. Faço o check-in deixando uma mala no porão e uma mala de mão, a mochila do computador. Na sala de embarque vejo que a quantidade de pessoas era visivelmente superior para embarcar num avião de hélice, como o que me tinha trazido 3 dias antes de Luanda. Vejo o avião aterrar e reparo que era um Boing. Surpreso pela grandeza e passados uns 30 minutos, lá entro num dos 3 autocarros disponibilizados. Chegamos ao lado do avião e vislumbro algumas malas junto ao “bico” do mesmo. De relance, não reparei na minha mala mas subi as escadas para entrar no avião. Uma viagem sem sobressaltos, com o avião a cerca de 80% da capacidade, fazemos a travessia Catumbela-Luanda em apenas 40 minutos. Aterramos e rapidamente somos depositados na sala de desembarque. Pouco depois de mostrar o passaporte na Alfandega, começa o tapete das malas a circular trazendo uma após outra. Vão ficando cada vez menos pessoas no local e eu começo a pensar para mim: “É sempre assim, a minha mala vem sempre no final!…mas até agora tem vindo sempre…” menos malas a circular, menos gente na sala, até que a passadeira pára. Eu começo a imaginar que agora seria mais uma Mitchês. O gesto do homem ao fundo confirma o acontecimento. Aquele cruzar dos braços horizontalmente ao chão, a meia altura….estava terminado, tinha parado, mesmo. Para estupefacção do homem começo a sorrir comigo mesmo…acontecia! Éramos 2 os descontentes com a situação. Eu sorria com a situação e o outro passageiro esbracejava e emitia uns sons de fúria. No mesmo instante já eu caminhava em direcção à central de serviço para saber o que poderia fazer. O homem reparou e dirigiu-me ao local. Fui bem atendido e rapidamente confirmaram que a minha mala tinha ficado na Catumbela pelo número do canhoto da mesma. Disseram-me que poderia levantar a mala amanhã pelas 11 h no aeroporto e para me dirigir ao senhor Valente. Agradeci e sorri uma vez mais. Eles apenas me informaram que deveria ter identificado a mala aquando da entrada no avião… Eu apenas respondi: “Distraído!” e foi então que desataram a gargalhada!
E pronto. Se tudo correr bem amanha já terei a mala comigo. Não tem nada de especial lá dentro. Continuo a poder lavar os dentes e a tomar um banho! E agora com água quente, pois no Lobito foram 2 banhos de água fria e dentro do próprio escritório! Acontece em Angola a um Mitchado, agora apaixonado mas sempre bem disposto e, às vezes, distraído!