sábado, 22 de março de 2008

De regresso a Portugal

Cheguei ontem a Portugal para surpresa dos que me amam. Foi uma experiência única e irrepetível que passo a partilhar convosco. Decidi fazer esta viagem à cerca de 2 semanas e depois de ter a devida autorização, foi só marcar a viagem. Ainda dei algumas pistas através de um poema que enviei para comemorar o dia do Pai, mas ninguém desconfiou… A noite de 20 para 21 começou com a jantarada do Bacalhau com Natas onde estiveram presentes os 8 da vigairada: o Ricardo, o Sérgio, as 2 Ana Rita, a Márcia, o Paulo, o Zé e eu. No início comecei eu a cozinhar mas tenho que agradecer à Rita e ao Ricardo que me substituíram devido à minha indisposição momentânea. Antes disso tinha ido à Clínica de Alvalade fazer o teste do Paludismo. Fui picar o dedo, recolher uma gota de sangue e aguardar 40 min. para saber que não tinha a famosa doença africana, embora mantivesse uma grande moleza por todo o corpo. Pressuponho que se tenha devido ao sol que apanhei durante a manhã!... Depois do jantar na mesa, juntei-me ao grupo e provei o pitéu. Muito bom! Parabéns aos cozinheiros. Ainda ouvimos uns Kizombas, dançamos e bebemos uns canecos. Fomos até minha casa onde nos separamos, tendo uns continuado a Night no Palos , outros tornado ao vale dos lençóis e eu fiquei para fazer a mala tendo o Ricardo permanecido, dada a minha moléstia. Acabei de fazer a mala põe volta das 4 da matina deitei-me durante 1 hora e pouco, tendo o Rui aparecido em casa pelas 6:15 para me levar ao Aeroporto 4 de Fevereiro. Com uma soneira considerável e uma mala para carregar fui abordado por um jovem que me facilitou a entrada na zona de check-in mediante uma gratificação que me evitou mais de 20 minutos de espera. Eram 7:15 e já estava na zona de embarque esperando que o voo não se atrasasse. Tal não aconteceu pois saí de Luanda às 9:30. A viagem decorreu rapidamente – dormir, comer, dormir, comer e ainda vi dois filmes pelo meio – as 8 h de viagem assim se passaram… Em Lisboa ainda houve tempo para comprar um relógio para me orientar na minha estadia em Portugal. Uma nova jornada agora a bordo do Boeing “Almada Negreiros” e estava no Porto pelas 18h. Ao passar pela Alfandega fui ainda abordado, pela primeira vez, para abrir a mala. Esse tempo foi desperdiçado indevidamente pois quando cheguei à Estação de Campanhã, depois de ter apanhado o metro, o comboio das 20h tinha saído à menos de 5 minutos… Fiquei irritado mas, sempre nas calmas…Comprei um livro “Fantasmas” para me rir um pouco com as confidencias sexuais de umas mulheres francesas e os comentários de um sexólogo! Parecia um maluquinho com as risadas que pronunciava no banco da sala de espera e ainda no banco do comboio regional que partiu às 21:56 da linha 13. Eram 23:15 e desci sozinho na Estação de Mosteirô nas encostas do rio Douro. Fria, escura, mas limpa e segura; com a imagem da lua reflectida no rio, iluminando a paisagem...Peguei na mala e caminhei em direcção a casa pela linha do comboio, pensando qual seria o método de abordagem ao chegar ao destino tão ambicionado… Decidi pegar no telemóvel e ligar para casa. A minha mãe atende e à pergunta “Onde estás?” respondi “Benguela”. Nesse entretanto desloco-me para junto da janela da sala e bato. "Toc, Toc" na persiana. Conseguia ouvir o meu próprio bater através do meu telefone! A minha desconfiou e ainda perguntou “És tu?”. Eu desliguei e tentaram abrir a porta da cozinha para saber quem estava do lado de fora. Esforços infrutíferos pois foi necessário o meu pai deslocar-se pela porta principal para averiguar quem estaria a bater e não dizia quem era. Como a zona era escura a abordagem foi efectuada com cuidado. Depois de me reconhecer (dado que eu dificultei a tarefa mantendo-me ligeiramente agachado) foi uma explosão de alegria culminada com abraços e sorrisos. Demos a volta para entrar pela porta principal e já se encontrava a minha mãe com os nervos a percorrer o corpo. A minha avó tinha os olhos a brilhar por ver o netinho mais velho inteirinho vindo de Africa. Nem queriam acreditar! Fruto disso foram os beliscos que sofri! Mas naquela altura desculpei tudo. Como a minha mana e os primos Luís e Zé não estavam em casa liguei-lhes e mantiveram-se estupefactos até me verem em carne e osso. Foi uma alegria imensa ver a família toda reunida. Fica a foto que tiramos depois de ter repartido os presentes!....
Tozé, Zé, Eduardo, Mitchado, Manuela, Luís, Rosa, Alzira e Anita

2 comentários:

Anônimo disse...

E viva a mitches!!!

Ass: RBarreiros

diuska disse...

Não achas que já é hora de actualizares do teu blog?